No apagar das luzes Bush aprova medidas

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Não. Não é a toa que tantos querem ver o Presidente Bush fora da Casa Branca o quanto antes. E depois de oito desastrosos anos de governo, no apagar das luzes, sua administração ainda faz questão de deixar uma série de novas medidas, no mínimo, controversas.

Ai no Brasil semana passada li jornais tratando da maneira ultrajante que medidas estavam sendo aprovadas na Assembléia Legislativa da Paraíba, com a saída do governador Cássio Cunha Lima, numa demonstração de total irresponsabilidade fiscal.

Do lado de cá não é diferente. De saída, o Presidente Bush aprova medidas como a que permite empresas de carvão vegetal localizadas em montanhas, a despejar pedras e sujeiras de suas operações em rios da proximidade, contaminando o meio ambiente na região. Outra medida tornará possível construir plantas de energia nuclear em áreas próximas a parques nacionais e matas selvagens.

Além disso, está a caminho uma medida a ser adotada pelo Departamento de Trabalho do governo americano que poderá dificultar a fiscalização de empresas que expõe seus trabalhadores a substâncias tóxicas e perigosas, podendo resultar em ainda mais mortes no setor químico, por exemplo. Ao todo, devem ser aprovadas 20 novas normas.

Les Invasions Barbares

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Esta semana tive a enorme satisfação de rever esse filme, que considero um dos mais maravilhosos de todos os "meus" tempos. Paralisador, encantador, emocionante.

Resultado de Enquete

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Na enquete postada anteriormente onde a pergunta era se a ministra Dilma Roussef poderia ser a próxima Presidente do Brasil, 57% dos votos foram negativos, acreditam que a ministra não será eleita em 2010. Apenas 14% pensam que sim, Dilma será a Presidente e 28% diz que o Brasil não está pronto para uma mulher no cargo mais alto do país.

Do lado de cá, a governadora do Alaska, Sarah Palin, está aparentemente em campanha. Talvez nunca tenha parado. Desta vez, acreditam alguns, para que venha a ser a candidata pelo Partido Republicano para a presidência americana daqui quatro anos.

Black Friday

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Viver do lado de cá tem essas experiências inusitadas. Tem horas que dá até pra dizer que absolutamente tudo é diferente, mas algumas chamam mais a atenção. A sexta-feira depois do feriado de Thanksgiving (Dia de Ação de Graças) é a famosa "Black Friday", que, neste caso, será depois de amanhã, dia 28 de novembro.

Um dos feriados mais importantes aqui nos Estados Unidos, o Thanksgiving é o marco para o começo da temporada de Natal. Um dia depois de agradecer, o povo sai em disparada às compras.

O termo começou a ser usado primeiro na Filadélfia, por causa do tráfico pesado às sextas e desde os anos 60 se tornou conhecido como um dos dias mais movimentos do comércio. Algumas lojas chegam a abrir as portas às 4h da manhã e filas são formadas desde a meia-noite.

São tantas as promoções que as pessoas voam em direção aos produtos já anunciados. Os itens a serem vendidos a preços especiais são limitados, por isso a correria. É um salvem-se quem puder! Este ano será uma novidade pra mim. Estarei lá pra conferir a saga a uma boa barganha.

Para assumir cargo Hillary pode perder salário

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A possível nomeação da senadora democrata, Hillary Clinton, para o cargo de secretária de Estado no governo Barack Obama tem mais uma barreira anunciada nesta terça.

Segundo os analistas políticos do lado de cá, seria inconstitucional nomear a senadora uma vez que ela mesma teria votado ano passado no Senado um aumento para a vaga. Diz a constituição americana que não pode ocupar um cargo no executivo o parlamentar que tiver no exercício da sua função votado aumentos salariais ou benefícios do cargo a ocupar.

Uma saída, já usada anteriormente por outras administrações, é voltar atrás. Ou seja, o Senado votar novamente a medida que deu o aumento e retirá-lo. Assim, o cargo voltaria a ter o salário anterior ao da votação.

Lembrei de algumas situações aí no Brasil. Não me recordo ter visto o Senado votar medida que retira aumento salarial de um cargo do executivo. Mas posso estar equivocada.

Ainda que o senado vote e retire o aumento concedido ano passado, alguns contrários a que a senadora Hillary Clinton ocupe a secretaria de Estado, dizem que o fato de voltar a atrás e excluir o aumento não tornará a medida constitucional.

Eu, a vendedora

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Dizem uns que vender é uma arte. De artista euzinha aqui não tenho nada, nem a cara ou o jeito de andar, mas sabe que pra vender acho que tenho cá uma quedinha.

Como somente esse mês passei a ter o meu documento de residência permanente aqui nos Estados Unidos, o "green card", que me dá direito a trabalhar e estudar como moradora local e, a menos de dois meses estarei no Brasil de férias, me sobra apenas um mês e meio para trabalhar do lado de cá.

E lá fui eu procurar oportunidades de trabalho de temporada, essas vagas em lojas por causa do Natal. Logo de primeira fui contratada. Muito engraçado porque eu tenho zero experiência em vendas, mas quando entrevistada pela gerente do departamento, respondi que todos esses anos no Brasil, como jornalista, foi o que fiz: vender.

Agora, pelas próximas semanas que antecedem o Natal e duas após, sou a mais nova vendedora do departamento de cosméticos e fragrâncias da Macy's, uma loja de departamento bem badalada e aparentemente divertida.

Já passei por dois dias de treinamento, sensacional. É incrível como tem coisa interessante no mercado de vendas, marketing sempre me chamou a atenção e acho que será muito divertido vender perfumes na Macy's. Além da experiência única, terei 20% de desconto em todo e qualquer produto da loja. Isso é o máximo e já me preocupa se o salário vai ou não bancar as compras! Isso é que dá ser consumista.

Idioma animal

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Aos especialistas de plantão:

Tudo bem que os cachorros entendem ou aprendem com a entoação da voz, por repetição ou imitação, mas e quanto ao idioma? Faz diferença? Me pego falando com a Kirby, a cachorra da residência, o tempo todo em Inglês, mesmo quando estou sozinha com ela, mas às vezes quero falar em Português e fico na dúvida, parece que ela não me entende.

Se eu der uma bronca ou disser não em Português ela entenderá da mesma forma que se eu falar em Inglês? Ainda que o tom da voz seja semelhante, são idiomas diferentes, palavras pronunciadas e sotaques diferentes....

Esta manhã quase tive um ataque cardíaco quando um cachorro do outro lado do parque onde eu estava com a Kirby correu em nossa direção, latindo loucamente e pulando na Kirby com muita agressividade. Era grito pra todo lado, da dona do outro cachorro e meu, além dos latidos enlouquecedores.

Nervosa, sem perceber, gritei em Português e Inglês. Foi uma confusão!

Curiosidade: sem vice ou suplente

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Do lado de cá não há vice-prefeito, vice-governador, suplente de deputado federal ou de senador. O mesmo vale para o parlamento municipal. Na falta desses cidadãos, ao assumir um cargo na administração federal ou estadual, um político eleito deixa o cargo vago à disposição do estado por onde se elegeu. Lembrando que cada estado tem a sua própria constituição, portanto, com leis diferenciadas.

No caso aqui do Arizona, por exemplo, se a governadora democrata Janet Napolitano de fato assumir cargo no governo Obama, sua vaga será preenchida pela republicana Jan Brewer, secretária de Estado. Especula-se que Napolitano deverá ocupar cargo de secretária do Departamento de Segurança - se é que é essa mesma a tradução mais adequada - uma espécie de órgão federal responsável por áreas como a polêmica imigração e proteção das fronteiras.

Já a vaga deixada por Barack Obama no Senado americano está a cargo do governador Rod Blagojevich, democrata de Illiniois. Cabe a ele nomear novo senador para ocupar o assento do estado até o final do que seria o mandato de Obama, em 2011.

Fazes-me falta

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Distraidamente esquecida que só eu, não me lembro como, quando e por que a escritora portuguesa Inês Pedrosa apareceu na minha vida. O fato é que o livro "Fazes-me Falta" é um belíssimo romance. Poético, envolvente, alucinadamente apaixonado.

" Deixei de atender ao telefone. Perdi contigo o vicio feminino das conversas longas, da reconstituição de um corpo através da voz. Perdi o habito de falar - escrevo emails, contigo nem sequer isso. Fazes-me falta, alguma vez te disse? Leio os Dostoievskis que tu não tiveste tempo de ler, ofereço-te as enxurradas de culpa que me alimentam o sangue numa anestesia
alucinada.".

"Arrumei os amores, e a primeira regra de vida-saber arquivá-los, entende-los, contá-los, esquecê-los. Mas ninguém nos diz como se sobrevive ao murchar de um sentimento que não murcha.".

Leiam também e se deixem levar pelo amor rasgado de Inês Pedrosa.

Editora: Planeta
Ano: 2003
Descrição: Amor é coisa séria demais para ficar na mão de amantes, sugere Inês Pedrosa neste livro arrebatador. Fazes-me Falta é a crônica da relação intensa de um homem e uma mulher unidos por um sentimento indefinível entre amizade e paixão - e separados.

Meninas superpoderosas

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Outro dia postei uma enquete que perguntava se o presidente eleito, Barack Obama, convidaria ou não a senadora democrata Hillay Clinton para o seu governo. Todos os que participaram, apostaram que a concorrente de Obama durante as primárias ficaria fora de Washington. Agora, especula-se oficialmente a possibilidade de ela ser nomeada Secretária de Estado.

Depois de Condoleezza Rice, Madeleine Albright, Margaret Tatcher e tantas mulheres ocupando papéis de destaque na política mundial, os seus perfis passam a ser alvo da minha observação. Acompanhei a trajetória de Hillary Clinton durante os anos de primeira-dama, senadora por Nova Iorque e mais recentemente na campanha para presidente dos Estados Unidos.

Numa mistura de orgulho por existirem mulheres em postos historicamente dedicados a homens, me sinto compelida a refletir sobre o tema. Mas, neste caso, especificamente sobre o comportamento dessas mulheres, as capas de que se revestem para lutar corpo-a-corpo com concorrentes do sexo masculino.

Os modelos não variam tanto. Mas me chamam a atenção os estereótipos opostos de Sarah Palin e Hillary Clinton nesta campanha americana. Existe um perfil da mulher superpoderosa? Na conquista por novos espaços perdemos a feminilidade? Temos mesmo de colocar a armadura e nos mostrar tão agressivas a ponto de não conseguir nos diferenciar mais? Por outro lado, o que vimos do desempenho da governadora do Alaska também não representa a capacidade intelectual ou profissional da mulher mundo afora.

Indira Gandhi, a primeira-ministra indiana foi um referencial feminino no poder. Pelo menos pra mim. É esse caminho que as mulheres devem percorrer, acredito. Somos mulheres, somos diferentes dos homens em vários aspectos e devemos deixar claras as diferenças. Porque tendo os mesmos direitos, sendo igualmente cidadãos, podemos e devemos ser nós mesmas.

Da série "Eu nasci há....atrás.."

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O mais gostoso de fazer aniversário é ter pessoas ao redor, receber cartões engraçados e que emocionam.

Em tempos de internet, ler os recadinhos deixados nas redes de relacionamento, como Orkut e assim por diante é uma delícia.

Se a data não significasse ficar mais velha, eu gostaria de fazer aniversário pelo menos duas vezes ao ano.

A emissão de carinho e boa energia é tanta que mesmo aqui em outro continente sinto a alegria invadir o meu ser de maneira sobrenatural.

É, adoro fazer aniversário e esses 40 anos são mais que especiais. Agora sou quarentona!

Da série "Eu nasci há....anos atrás.."

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Eu não participei da Passeata dos Cem Mil, não fiz parte do Movimento Estudantil, não estava em Woodstock entoando "faça amor e não guerra" ou "é proibido proibir". Não queimei sutiãs em praças públicas. Sobre a instalação do AI-5 só li depois de velha, o regime militar, pra mim, é uma distante realidade que nunca entendi muito bem, talvez exatamente por nunca ter vivido, sentido na pele o que foram aqueles dias. Falta-me experiência.

Eu nasci em 1968, talvez por isso uma romântica incorrigível. Nostálgica, fico imaginando como seria se tivesse vivido naquela época, se dela tivesse feito parte.

O certo é que muito ainda vem pela frente. Que venha, pois. Tendo a acreditar que estarei pronta. Provavelmente não. Estarei aqui, nem que seja para um dia contar como foi, desta vez sim, terei vivido, feito parte, experimentado e talvez consiga falar com propriedade de alguém que sabe, que tem experiência.

Da série "Eu nasci há....anos atrás.."

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"...em 1968, parecia possível "transformar o mundo""

Casamento Gay, o retorno

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Perde-se aqui, se ganha ali. Pela primeira vez casais do mesmo sexo puderam casar-se hoje no estado americano de Connecticut. Uma mensagem importante logo após a Califórnia proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Em muitos estados é garantido ao casal apenas o direito da união civil, que não é a mesma coisa que o casamento nem dá ao casal os mesmos direitos. Assim era em Connecticut, mas a Suprema Corte Estadual e um juiz de primeira instância emitiram parecer final nesta quarta-feira permitindo o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Imigração

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O departamento de imigração do governo americano divulgou hoje que mais de um milhão de imigrantes se naturalizaram no último ano. Impressionante o número. É gente demais. No meu caso, daqui a dois anos poderei, se assim decidir, me tornar também cidadã americana.

Segundo os dados da imigração, no mesmo período, o governo dos Estados Unidos prendeu e deportou aproximadamente 350 mil imigrantes ilegais do país, o que consideram um avanço, principalmente quando levam em conta as estimativas de quase 11 milhões de imigrantes ilegais vivendo do lado de cá.

Veterans Day

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Feriado.

Dia de homenagear os veteranos de guerra.

St. Johns, no Arizona

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Vez por outra tragédias chocam a população de cidades mundo afora. Esta semana é do lado de cá que um assassinato e um menino de oito anos de idade deixam uma comunidade boquiaberta.

Em St. Johns, uma cidade de aproximadamente quatro mil habitantes, a quase quatro horas de Phoenix, aqui no interior do Arizona, a polícia diz ter a confissão do menino que teria premeditadamente matado o pai e um inquilino dele a tiros com um rifle calibre 22.

Outro dia ouvi de um residente local que o Arizona é o "velho oeste", motivo pelo qual as pessoas andam armadas, o que é permitido por lei no estado. Você e eu já ouvimos falar de milhares de acidentes envolvendo crianças e armas em casa aí no Brasil também. Eu já vi acontecer na minha própria família.

Não tenho a menor idéia do que aconteceu nem quero julgar ou testar teorias. Ao que parece, até agora, ninguém sabe o que houve. Segundo a polícia de St. Johns não foi acidente, existe a confissão e buscam processar o menino como adulto pelos dois assassinatos.

As pessoas que conheciam o pai e o menino dizem que nada indicava algo errado ou estranho na família. Na escola, o garoto de oito anos ia bem, sem registros de problemas com os colegas ou com os professores. Um bom aluno. O pai, um bom homem. Cuidadoso e amoroso com o filho. Logo cedo teria ensinado ao menino a não ter medo de armas e a arte de caçar, prática comum naquela região e em vários estados do país.

O pai e um homem que alugava um quarto na casa da família foram encontrados mortos pela polícia da cidade. De acordo com a defesa do menino, ele prestou depoimento sem a presença de um advogado ou um adulto responsável e sequer foi advertido de seus direitos.

Conta de boteco se paga assim...

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Se foi efeito da cerveja ou da falta de dinheiro, não se sabe, mas em uma cidade do estado de Oklahoma, aqui nos Estados Unidos, o inusitado aconteceu.

Um cidadão queria porque queria pagar a conta de US$ 32.00 do boteco com aqueles papéis de embrulhar chicletes.

Pois bem, segundo reportagem da Associated Press, jogando bilhar o tal moço criou confusão e já tinha tentado passar os débitos do bar no cartão de crédito, que não foi aprovado. O gerente chamou a polícia, que tentou obrigar o rapaz a pagar a bendita conta. Eis que ele começa a tirar chicletes do bolso e contar os papéis que os embrulhava como se dinheiro fosse.

Atrás da Porta

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Boa notícia, má notícia...

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A recessão chegou pra valer na América. Acordamos hoje com péssimas notícias por todos os lados. Não sei por que a gente ainda liga a televisão. O país atinge a mais alta taxa de desemprego dos últimos 14 anos e deixa 240 mil pessoas sem trabalho no mês de outubro.

Mas não é só. Se a economia está na sua pior fase, não sei dizer, alguns analistas atestam que sim, outros, ainda mais pessimistas, falam que o pior está por vir. E, na cadeia desse mundo de pessoas, se ele perde, eu perco, você perde, todos perdemos.

Aqui no Arizona, por exemplo, estado aonde o mercado imobiliário chegou ao fundo do poço mês passado registrando a pior queda do ano em todo o país, com perdas de 30.7%, também sofre com a debandada das grandes lojas. Pelo menos cinco redes anunciam que fecharão suas lojas no estado, que já perdeu também uma filial do Google por estas bandas.

A boa notícia é que existe a esperança de um dia melhorar. Barack Obama foi eleito Presidente dos Estados Unidos, está reunido neste exato momento com a sua equipe econômica, em Chicago, onde concederá a sua primeira coletiva à imprensa logo mais. Vamos esperar pra ouvir o que ele terá a dizer.

Humm....

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Não sou lá muito fã de cachorros, animais de estimação, bichos e gatos. Mas resolvi que não poderia deixar de participar do que parece a maior e mais popular corrida aqui nos Estados Unidos.

Sugerir que cachorrinho deve levar Sacha e Malia para a Casa Branca.

O que você acha? Um aquário não daria menos trabalho?

Em seu discurso da vitória, o Presidente-eleito, Barack Obama, prometeu deixar as filhas levarem um desses aí para o endereço mais famoso de Washington. Pra que? Agora a imprensa não fala em outra coisa!

Esporte e política

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O primeiro prefeito negro da cidade de Sacramento, na Califórnia é também o primeiro ex-jogador da NBA a se eleger para o cargo. Kevin Johnson nasceu e viveu em Sacramento, jogou basquete pelo Cleveland Cavaliers e no Phoenix Suns.

Ex-jogadores do time do Arizona envolvidos com política parece uma tendência. Recentemente, Charles Barkley anunciou que pretende concorrer ao cargo de governador do Alabama em 2014.

No Brasil, o ex-jogador Oscar Schmidt não teve o mesmo sucesso na sua aventura com a política.

O que muda nos estados americanos...

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Nestas eleições gerais aqui nos Estados Unidos, os estados americanos votaram também em alguns temas polêmicos, que alteram as suas constituições.

Na Flórida, no Arizona e na Califórnia, eleitores decidiram que só é permitido casamento entre um homem e uma mulher. O que sou absolutamente contra. Acredito em direitos iguais. Homem com homem e mulher com mulher, todos têm o direito de casar.

No estado da Califórnia a emenda vem meses depois do judiciário do estado legalizar casamentos gays. E agora não se sabe exatamente como ficará a situação de aproximadamente 18 mil casais que já casaram naquele estado.

Ainda pior foi a emenda aprovada no estado de Arkansas, onde os eleitores decidiram que por lá não será permitido que casais "não casados" adotem crianças. A emenda na verdade tinha como foco proibir pessoas gays de adotar crianças no estado. Claro, porque entre os heterossexuais não há molestadores ou estupradores, por exemplo. As famílias com casais de sexos diferentes são perfeitas. E, afinal, as crianças devem estar muito melhor nos orfanatos da vida, naquelas instituições estaduais perfeitas e maravilhosas.

Enquanto a causa gay perdeu país afora, o aborto se mantém forte e continua um direito defendido por todos os lados. Estados como Colorado e Dakota do Sul votaram contra emendas que buscavam limitar a permissão do aborto para somente em alguns casos.

No estado de Washington agora é permitido que um paciente em estado terminal tenha a opção de escolher pela morte assistida, o que eles chamam de "Morte com Dignidade". Que é quando o cidadão aplica em si mesmo uma dose letal de um medicamento prescrito por um médico. Antes a prática só era permitida no estado do Óregon.

Uns perdem outros ganham. É sempre assim. O movimento a favor do uso da maconha saiu ontem das urnas ganhador. O estado de Massacusetts decidiu descriminalizar o uso da maconha em pequenas quantidades. Por lá, se a pessoa estiver com 1 ounce (28 gramas) ou menos, não será processada criminalmente. A polícia apreenderá a maconha e o cidadão terá de pagar uma multa de US$100,00.

Em Michigan, os pacientes crônicos poderão comprar e ter produção própria de maconha. A permissão do uso médico da maconha já existe em 12 outros estados americanos.

Além das emendas estaduais, as cidades também votaram em algumas medidas. Lá em San Diego, por exemplo, os eleitores decidiram proibir bebida alcoólica nas praias da cidade.

Bem, pelo menos agora, com todas essas alterações nas constituições, poderemos escolher melhor o estado e a cidade americana onde morar.

Resultado da enquete

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Ao todo votaram 93 pessoas.

Barack Obama teve 71 votos ou 76%

John McCain recebeu 22 votos ou 23%

E agora, Obama convidará ou não Hillary Clinton para ocupar cargo na Casa Branca?

A nova enquete está postada.

O sorriso, as pessoas

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Repararam o sorriso do novo Presidente dos Estados Unidos? E o sorriso das pessoas que se reuniram no Grant Park, em Chicago?

O discurso do primeiro Presidente negro dos Estados Unidos da América foi emocionante e, apesar de ter levado muitos às lágrimas, as pessoas sorriam.

Obama sorria tranquilamente, inspirou milhares, de novo, como fez durante toda a sua campanha. E o sorriso da primeira-dama, Michele Obama? Viram quando ela cochichou "eu amo você"? Ela sorria.

Sentimentalista, romântica, seja lá como for, eu acredito. O mundo é feito de pessoas, de gente como eu e você, de carne e osso. Pode-se discutir economia, política externa, saúde, educação e segurança e trata-se na verdade de debater sobre o que toca cada um de nós, emocionalmente. Sim, porque é aí que o "bicho pega".

Seja quando não se pode pagar a prestação da casa, um tênis novo ou um litro de leite. Na fila do hospital ou quando não conseguimos o melhor tratamento médico e o dinheiro para comprar uma tonelada de remédios.

O fato é que o importante são as pessoas. E ainda bem. Porque hoje pudemos assistir milhares com um largo sorriso estampado no rosto.

Obama wins election!

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Yes We Can - Barack Obama Music Video

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Barack Obama é eleito o 44o. Presidente dos Estados Unidos da América

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Arizona Biltmore, o hotel de McCain

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É neste hotel que diz ser o único do mundo a ter sido projetado sob a influência de um dos mais importantes arquitetos, Frank Lloyd Wright, que o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, estará hoje à noite.

O Arizona Biltmore Resort, aqui em Phoenix, no Arizona, tem 79 anos de história e glamour. Foi onde o ex-presidente americano, Ronald Reagan passou sua lua-de-mel.

É chamado de "Jóia do Deserto", hospedou os famosos casais Clark Gable e Carole Lombard e já teve as performances de Frank Sinatra, Sammy Davis Jr. e Liza Minnelli ao mesmo tempo.

Vote e coma de graça

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Em dia de eleição vale tudo para levar os eleitores às urnas. Um restaurante aqui em Chandler, cidade vizinha, oferece hoje uma refeição com frango, batatas fritas e refrigerante, de graça para os 300 primeiros fregueses que chegarem com o adesivo indicando que já tenham votado.

Não é o único. Uma rede de lanchonetes distribuirá biscoitos de aveia com cerejas aos que chegarem a qualquer uma de suas lojas no Arizona com o adesivo estampado na camisa.

Tem padaria distribuindo pães e mais biscoitos. Na conhecida rede de café Starbucks, claro, o café não será pago por quem estiver usando o adesivo.

Nos postos de votação, cada eleitor que já tiver votado, recebe um adesivo dizendo: eu votei hoje.

O Arizona...

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A disputa acirrada entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos colocou o Arizona no mapa do país.

Não só porque o senador John McCain é morador do estado, mas pela possibilidade de no fim do dia ver um estado historicamente republicano se tornar democrata.

Se o senador Barack Obama ganhar as eleições nesta terça-feira aqui no Arizona...será devastador para John McCain. Nem mesmo torcendo para a vitória de Obama, desejo que McCain perca em casa por perder.

Entretanto, como imigrante morando aqui pela segunda vez, percebo os rumos políticos e sociais do estado mudando, o que considero positivo. Há 20 anos, quando primeiro morei aqui, sentia uma sociedade ainda mais conservadora. Ao longo dos anos, imigrantes de várias partes do mundo, americanos de outros lados e até os "californianos loucos", como Wes Gullett, um dos coordenadores da campanha de John McCain no Arizona descreve, mudaram pra cá e transformaram a cara desse lugar.

É essa diversidade, a mistura de povos e culturas que enriquecem a essa cidade e talvez mude o quadro político partidário, o que pode ser bom, muito bom.

A imprensa no Arizona

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O Arizona Biltmore Resort, aqui em Phoenix, no estado do Arizona, está acostumado a receber o senador republicano John McCain, mas hoje os funcionários do hotel rebolam para acomodar a imprensa.

A cidade está repleta de repórteres de vários países do mundo. São centenas de jornalistas japoneses, portugueses, canadenses, colombianos, ingleses, alemães e até brasileiros. Caminhões de transmissão para as emissoras de televisão lotam os estacionamentos e tem muito, muito equipamento por todo o lado no hotel onde McCain deverá discursar amanhã depois das eleições.

Três telões vão transmitir o discurso de McCain em um salão onde estão pocisionadas as câmaras das emissoras. Mas outros quatro grandes espaços acomodam os jornalistas, que também poderão acompanhar por telão passo a passo no dia da eleição.

Brasileiros e eu nas eleições americanas

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Virei personagem de reportagem. O jornal Correio Braziliense, onde já trabalhei, publica hoje uma notícia sobre brasileiros que votam nestas eleições nos Estados Unidos.

Mas só para esclarecer: eu não voto. Fiz doação e sou voluntária da campanha do democrata Barack Obama. O fiz porque acredito nas propostas do senador e porque, apesar de não ser cidadã americana, vivo aqui e toda e qualquer decisão política pode influenciar diretamente a minha vida neste país. Sou casada com um cidadão americano. A família que me cerca é americana. Meus vizinhos são americanos, moro em um bairro americano. Participo da comunidade. Sou voluntária da cidade de Tempe e em outros programas e bairros da cidade onde é necessário o trabalho de um voluntário. E tudo que faço, o faço legalmente.

Abaixo a reportagem do Correio.

Brasileiros também vão ajudar a decidir

Imigrantes que tentam a sorte na terra do Tio Sam garantem que votarão em Barack Obama. Brasiliense trabalha na campanha


Rodrigo Craveiro
Da equipe do Correio
Arquivo Pessoal
Soraya Bittencourt (E) se casa com Lucila, em agosto, na Califórnia: críticas ao governo Bush

Arquivo pessoal
De nacionalidade dupla, Juliana Coura posa para foto diante do Capitólio, a sede do Poder Legislativo, na capital Washington: “voto em Obama porque não quero mais quatro anos do mesmo”


Ela tem feito o que pode por Barack Obama. “Doei para a campanha e daí foi um passo até eu me tornar voluntária”, disse. “Vou ao comitê, faço telefonemas pedindo votos, distribuo panfletos.” Quem imagina que a mulher de 39 anos, jornalista, curiosa, entusiasmada (como ela mesma se define) tenha nascido nos Estados Unidos e seja uma militante democrata convicta está completamente enganado. A brasiliense Paula Menna Barreto Hall mora em Tempe, no Arizona, desde fevereiro passado, e não esconde a empolgação com a escolha do próximo presidente norte-americano.

Assim como ela, apenas mil dos 400 mil brasileiros que vivem nos EUA terão o direito de ajudar a decidir amanhã o futuro da maior potência do planeta. “O mapa da eleição que mostra os estados vermelhos (republicanos) e azuis (democratas) traz o Arizona com a coloração rosa, o que é incrível”, comenta. Não é por menos: Paula vive no território inimigo — em pleno bastião do senador republicano John McCain. “Um estado reconhecidamente republicano por anos agora pende para o lado democrata, isso é histórico”, comemora. A adesão à candidatura do primeiro negro com chances reais de ocupar a Casa Branca parece uma tendência na comunidade brasileira do país.

Quando olha para o filho Thiago, de 10 anos, o carioca Pedro Penha, de 43, vê todos os motivos para depositar seu voto em Obama. “Thiago é autista e Obama tem um melhor plano para a saúde e especialmente para as pesquisas com células-tronco”, explica o morador de Miami que chegou à Flórida em 1993. Ele define a escolha pelo senador por Illinois como uma espécie de ruptura com o legado de George W. Bush. “McCain seria o mais próximo da continuidade ao governo Bush. Embora ele seja um excelente político, isso o atrapalha”, avalia. Pedro reconhece que o republicano não é tão articulado como o adversário, mas também admite a falta de experiência de Obama. “Assim como Lula, ele nunca administrou nada, jamais foi prefeito ou governador”, lembra o comerciante de peças de reposição industrial.

Pedro também elogia o fato de Barack Obama falar a língua das minorias e da elite — graças à formação acadêmica em universidades de ponta, como Harvard e Columbia. Em relação à questão racial, ele não nega que as pessoas “ficam meio balançadas”. “Mas o brasileiro é mais racista que os americanos.”De acordo com ele, Obama tem carisma e educação refinada, além de contar com apoio explícito do ex-presidente Bill Clinton, o que considera um “forte endosso”.

Estrago
No extremo leste, em Redwood City (Califórnia), a empresária mineira Soraya Bittencourt, de 48 anos (22 deles nos EUA), se revela uma democrata. Uma das primeiras lésbicas brasileiras a se casar nos Estados Unidos — a cerimônia de união com a carioca Lucila Oliveira ocorreu em 16 de agosto —, ela acusa os republicanos de terem destruído o país nos últimos oito anos. “O plano econômico de Obama, a promessa de sair do Iraque, a ênfase na classe média, e a importância da educação e dos direitos humanos ajudarão a colocar o país no rumo certo”, prevê.

O otimismo de Soraya é cauteloso. Depois do estrago promovido por Bush, ela acredita que a correção do processo político será longa e árdua. “McCain sempre apoiou as políticas de Bush e agora tenta se afastar dizendo que mudará o país, o que não é verdade”, contesta a empresária. “E a Sarah Palin, please... Não a quero como vice.”

Na capital, Washington, Juliana Coura, de nacionalidade brasileira e americana, também conta que vai votar amanhã em Barack Obama. O motivo: “Não quero mais quatro anos do mesmo”. “Eu simpatizo mais com os democratas do que com os republicanos, que estão no poder há muito tempo”, alega. Funcionária de recursos humanos em um banco, a mulher de 31 anos acha que a vitória de McCain representará a insistência nos erros do passado. “Vamos afundar o barco de vez”, teme Juliana.

Esses canadenses...

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Passei o dia ontem tentando entender porque os canadenses gostam tanto do senador democrata, Barack Obama, candidato à presidência dos Estados Unidos.

Primeiro encontrei o advogado canadense Mark Loewes, de férias no Arizona com a mulher. Os dois usavam adesivos de Obama. Ele me disse que se os EUA espirram o Canadá pega gripe, por isso se preocupa com as eleições e prefere Barack Obama.

O canadense é fã de Obama e me falou que as relações entre Canadá e Estados Unidos piorou nos anos do governo Bush. Ele defende a política de saúde do democrata e ri quando ouve os americanos aqui chamando Obama de socialista. Aliás, uma das grandes polêmicas nessa reta final. Falar em socialismo aqui é ofensa.

Depois conheci Kathu Moore. A canadense está trabalhando na campanha de Obama como voluntária desde as primárias. Já esteve no Texas e ainda vai pra o Novo México antes do dia da eleição.

Mas foi só quando eu cheguei em casa no final do dia que entendi porque os canadenses gostam tanto de Obama. Eles detestam Sarah Palin! A palhaçada que os dois canadenses aprontaram quando ligaram para a governadora se passando pelo presidente frânces, foi ótima!

Do lado de cá no Blog do Noblat

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A partir de hoje o Blog do Noblat passa a publicar o que observo das eleições americanas.

Já fui lá e vi alguns dos comentários postados, o pessoal é implacável. Bom, muito bom.

Visitem o site dele, conheçam o lado de cá!