Para permanecer sempre a mesma a América muda - é da democracia reinventar o que se recria: o futuro reiteradamente presente.
A América círcula em espiral, avança pisando sempre o chão inaugural.
Tua grandeza e magnetismo é tornares real todos os sonhos. E sem perderes o patriotismo nem nos momentos mais medonhos dos medonhos: ao radicalismo recorres para te reafirmares por terras, céus e entre mares Potência!
(Pontência, assim sem rima, singular sim impar, sem par, mas exemplar... Lá, patriotas e práticos; Aqui no Sul, ufanistas e sádicos americanos do çul da América.)
Se ao mundo a cor de teu presidente extasia, isso não te contraria, reitera o que te fazes imperial a liberdade, tua lei: a DEMOCRACIA.
E odiar-te é apenas a forma atravessada de amar-te, ó américa, que têm vassalos, ou estes que, por inveja, se apequenam ao te recriminarem por ignorá-los - A américa também sabe amar o desconhecido, que é tudo que não seja americano.
Assim, se sabe amar também repudia o que não é americano - a tirania.
Amo a américa do modo mais odiável - Nada fazendo para ser amável, e, no entanto, sendo.
A américa é isso, não uma promessa: é o presente que mirando a si, como sendo, aqui e agora, sempre o futuro, se apressa.
CHÃO INAUGURAL
CHÃO INAUGURAL
Rogerlando G. C
Para permanecer sempre a mesma
a América muda - é da democracia
reinventar o que se recria:
o futuro reiteradamente presente.
A América círcula em espiral,
avança pisando sempre o chão inaugural.
Tua grandeza e magnetismo
é tornares real todos os sonhos.
E sem perderes o patriotismo
nem nos momentos mais medonhos
dos medonhos: ao radicalismo
recorres para te reafirmares
por terras, céus e entre mares
Potência!
(Pontência, assim sem rima, singular
sim impar, sem par, mas exemplar...
Lá, patriotas e práticos;
Aqui no Sul, ufanistas e sádicos
americanos do çul da América.)
Se ao mundo a cor de teu presidente
extasia, isso não te contraria,
reitera o que te fazes imperial
a liberdade, tua lei: a DEMOCRACIA.
E odiar-te é apenas a forma atravessada
de amar-te, ó américa, que têm vassalos,
ou estes que, por inveja, se apequenam
ao te recriminarem por ignorá-los
- A américa também sabe amar
o desconhecido,
que é tudo que não seja
americano.
Assim, se sabe amar também repudia
o que não é americano - a tirania.
Amo a américa do modo mais odiável
- Nada fazendo
para ser amável,
e, no entanto, sendo.
A américa é isso, não uma promessa:
é o presente que mirando a si,
como sendo, aqui e agora, sempre o futuro, se apressa.