A saúde de um país

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Se levarmos em conta que os índices de mortalidade infantil são considerados os mais importantes para medir a saúde de uma nação e significativos indicadores para apontar os avanços sociais de um país, pode-se dizer que os Estados Unidos estão na contramão do mundo.

Ao contrário do Brasil, onde a taxa foi reduzida praticamente pela metade na última década, a daqui é a mesma há seis anos. Um relatório divulgado semana passada pelo governo americano mostra índices de mortalidade infantil 50% mais altos do que os da meta nacional e coloca o país em vigésimo nono lugar no quesito. Vinte e oito países mundo afora têm taxas de mortalidade infantil menor e estão em melhor situação do que a do lado de cá.

Como no Brasil, a taxa de mortalidade mais alta está entre os mais pobres. Ao contrário do Brasil, aqui não existe assistência médica pública e gratuita. Mais de 40 milhões de americanos não têm plano de saúde. Mesmo os que têm, pagam uma fortuna por ele.

No meu caso, por exemplo, tenho seguro por intermédio do meu marido, do trabalho dele, mesmo assim, pagamos mensalmente a bagatela de US$ 432.00. Além disso, cada vez que vou a uma consulta médica pago mais 30 dólares.

Aí no Brasil, meu plano de saúde custava R$ 286,00 por mês e eu não pagava mais nada para ir a ao médico, que, aliás, eu podia escolher a especialidade da minha necessidade. Aqui, vou primeiro ao meu médico, um clínico geral, e, ele, se decidir que é o melhor a fazer, indica um especialista. Ou seja, eu não posso por conta própria decidir se devo ou não ter uma consulta com um reumatologista, dermatologista, gastro e assim por diante.

Eu sei que o Brasil ainda tem um longo caminho, mas talvez esteja mostrando que está no caminho certo. Aqui, o capitalismo americano só tem demonstrado que está decadente.

Comments (2)

é.... sei lá! quesito saúde é complicado em qualquer lugar, mas concordo: acho q estamos no melhor caminho!!!

beijos

Paula,
achei seu blog o máximo e vou comentar nesse post pq a questao da saúde aqui é ridícula.
Veja só a minha situaçao: acabei de me formar e por isso nao posso mais receber assistencia médica através do plano dos meus pais.
E como ainda nao tenho trabalho fixo, nao posso fazer um plano através de um empregador. Resultado: cada vez que eu vou ao médico pago uns 100 contos.
Fui ao dentista outro dia com a humilde intençao de uma limpezinha boba. Depois de vários raios-x e o escambal, o estrago: mais de 200 dolares naquela única visita. É mole?
Graças a Deus tenho pais que podem pagar isso tudo pra mim (pelo menos por agora), pq se dependesse desse pais, tava ai com o dente podre. Agora imagine os milhoes de pessoas por aí que nao tem a possibilidade de pagar.
Acho um desaforo tudo isso, pq no Brasil, país que os Americanos chamam de "terceiro mundo," tá cheio de menino pobre por aí correndo com os dentes certinhos, branquinhos, bem cuidados. "Do lado de cá," só gente rica mesmo tem condiçao de pagar aparelho pros filhos terem os denntes arrumadinhos.
Pra vc ver que, hoje em dia, um país nao precisa ser rico pra dar uma qualidade de vida boa e um sistema de saúde que funcione pra populaçao.
Mais uma vez, os Estados Unidos poem o capitalismo antes do povo, a grande corporaçao antes do "Average Joe," o rico antes do pobre.
Nao é a toa que o assunto de Healthcare tá sendo tao importante nessa eleiçao pra presidente. Todo mundo tá cansado de saber que o sistema de saúde americano tá passando a gente pra trás.