A cada dia uma nova descoberta sobre o país onde vivo e o seu povo. Só ontem assisti a um documentário sobre o grupo Dixie Chicks. Contra a gerra no Iraque, a vocalista, Natalie, em um show em Londres, em 2003, disse ter vergonha pelo fato do presidente dos Estados Unidos ser do Texas, estado da banda.
A frase repercutiu na América imediatamente e provocou uma onda de movimentos contrários a banda. Rádios country do país deixaram de tocar suas músicas, fãs queimaram seus CDs, o próprio presidente Bush comentou sobre o assunto e houve até uma comissão no senado, presidida pelo hoje candidato republicano à presidência, John McCain, para discutir liberdade de expressão e censura no país.
Ano passado elas levaram o Grammy de melhor álbum do ano, venderam mais de 2 milhões de CDs e continuam a impressionar. Para mim é mais um episódio na história desse país da liberdade, onde tudo é possível, até o mais impossível absurdo.
Aqui no Arizona, eleitores vão decidir, junto com as eleições de novembro, se mudam ou não a constituição estadual para definir o que é casamento. Se é somente união entre um homem e uma mulher ou não.
Após a decisão favorável da Suprema Corte da Califórnia pelo reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o debate tem sido fervoroso em muitos estados americanos.
Com o intuíto de vetar a decisão da Suprema Corte, o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, contrário ao casamento gay, levou a discussão e decisão final para as urnas. E, o estado do Arizona, conservador, de maioria republicana, segue agora o mesmo caminho.
O que o povo decidir em novembro, valerá. E poderá derrubar ou manter as leis já em vigor. Esperar que a população do Arizona avance tanto assim, pode ser esperar demais. Mas espero que pelo menos o povo da Califórnia não volte a trás!
Recebi hoje um e-mail da campanha do senador democrata, Barack Obama. É que na qualidade de voluntária da campanha, recebo mensagens todos os dias. A desta quarta-feira foi disparada para pedir ajuda para pagar as dívidas de campanha da senadora Hillary Clinton.
Não é a toa que o meu marido, minha mãe e todo mundo que conheço me deu uma bronca daquelas quando eu disse que havia feito uma doação para a campanha do senador Barack Obama. Bem, eu era só mais uma entre os 1.7 milhões de pessoas que já doaram.
E agora? Faço outra doação para ajudar a senadora Hillary Clinton pagar as suas dívidas de US$ 10 milhões? É, acho que não!
Acaba de ser divulgada mais uma pesquisa sobre intenção de votos para as eleições à presidência dos Estados Unidos, em novembro. A de hoje, do Los Angeles Times e Bloomberg aponta o senador democrata, Barack Obama, com 49% das intenções de voto contra 37% para o senador republicano, do Arizona, John McCain.
Na nova pesquisa da revista Newsweek, o senador Barack Obama está com 51% da intenção de votos, contra 36% do senador John McCain.
É muito interessante acompanhar a campanha presidencial americana. Durante as primárias, houve dia em que não desliguei a televisão e o computador enquanto os resultados finais não fossem divulgados.
Babo, babo e babo mesmo. A essa altura do campeonato não consigo mais imaginar minha vida sem meus filhos. Aliás, acho que é por eles que existo. Criaturas fantásticas e fascinantes, me enlouquecem, me fazem rir e chorar todos os dias. São dois, um menino e uma menina. Tá bom, talvez eu já deva descrevê-los como um homem e uma mulher.
Ela é de virgem, ele de câncer. Escorpiana, sou passional e completamente apaixonada pelos dois. Buga, buga, como eu a chamava quando criança, é minha fã. Pode? Um dia, em Brasília, eu estava dirigindo e ela ao lado disse que queria ser igual a mim. Agora, virou leitora assídua do blog, está aqui todos os dias e ainda deixa comentários em todos os posts.
Filhota, filhote, o mundo seria muito mais sem graça se vocês dois não existissem.
Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem. Mas estamos mesmo fazendo alguma diferença? Outro dia recebi uma mensagem de e-mail que fala da história das coisas http://www.storyofstuff.com/ , deem uma olhada.
São programas de televisão, canais inteiros, filmes e uma multidão de gente tentando transformar o planeta que estamos destruindo há um tempão.
Nos supermercados daqui nos cobram entre $0,10 e $0,20 centavos de dólar por sacolas de plástico. Ou, se você leva a sua de casa, o mercado concede desconto no mesmo valor. Todo mundo agora tem sacolas de pano, tem umas lindas. Virou moda. Me lembro do tempo da minha mãe e da minha avó, em que iam à feira com a sua própria sacola. Se o que fazíamos antes era o certo? Por que mudamos tanto?
Para completar a minha mudança para o lado de cá, eu tinha de ter uma conta bancária. Lá fui eu. Procurei e procurei e acabei abrindo uma conta no banco a duas quadras de casa. Pertinho, posso caminhar até lá. Não agora, está extremamente quente. No inverno quem sabe!
Fiz tudo certinho. Já tenho o cartão de débito e os cheques, aliás, tive de pagar quase US$ 30,00 por eles. Nada aqui é de graça!
Surpresa boa foi quando usei o caixa eletrônico do banco. No menu de idiomas tem a opção "Português". Claro, agora só uso assim. Me sinto um pouco no casa, já que não encontrei o Banco do Brasil e tive de me virar com o Bank of America.
Estou furiosa. Um fio desencapado soltando faíscas para todos os lados. Já pensei em tudo e agora começo a rir de tanta raiva.
O tal senhor de 100 anos de idade, na porta do departamento de imigração, onde eu iria fazer as impressões digitais, não me deixou sequer entrar. Ele pedia documento com fotografia. Ok, meu passaporte em mãos, certo? Errado. No meu passaporte não consta o meu sobrenome de casada e na papelada da imigração consta.
Resumo da ópera: terei de voltar amanhã com a minha certidão de casamento e meu passaporte. Provo que eu sou eu mesma e que meu sobrenome mudou!
Hoje é dia de imigração. Isso é bom, é bom. Estou animada. Vou ao centro de Phoenix, uns 20 minutos da minha casa, onde fica o serviço de imigração, para colherem as minhas impressões digitais. O segundo passo.
Primeiro tive de mandar para Chicago um cheque de US$ 1,365.00. Além disso, minha certidão de nascimento, a dos meus dois filhos, de casamento e de separação. Já fui casada antes uma vez, peraí, não, duas, não três, só uma mesmo.
Enfim, foi uma papelada danada. Pois bem, com meu passaporte brasileiro em mãos, lá vou eu!
Na cidade de Gloucester, Massachusetts, um diretor de escola está dando o que falar. Ele alega que as 17 adolescentes da escola, grávidas ao mesmo tempo, fizeram um pacto para a gravidez conjunta.
O diretor da escola, Joseph Sullivan, afirmou que as jovens teriam feito um pacto para criarem seus filhos juntas. Agora, o caos está instalado. A história está em todos os jornais e revistas.
Hoje, a prefeita, membros do comitê do departamento de saúde e do comitê da escola se reuniram para discutir o assunto. O diretor Sullivan não participou da reunião.
Apesar das 17 gravidezes representarem quatro vezes mais o número de gravidezes já registrado na escola, a prefeita da cidade, Carolyn Kirk, diz que é coincidência, que não existem provas do pacto e desaprova a teoria do diretor.
Já pensou se a moda pega?
Gravidez na adolescência acontece aqui nos Estados Unidos, como acontece aí no Brasil. Os índices são altos e alarmantes em muitos estados.
Se o diretor da escola exagerou ou não na sua teoria, ainda não sabemos, mas 17 adolescentes grávidas na mesma escola e no mesmo ano escolar é demais!
O verão começou no Arizona (EUA). E aqui começo eu, com o blog.
Quando eu cheguei, há 5 meses, a temperatura era amena, quase frio. E, de vez enquando eu ainda me sentia como se estivesse em Brasília, minha cidade querida. Ficou pra trás o casaquinho, a camisa de manga comprida. Agora é só short, camiseta e vestidinho!
Sou avisada todos os dias sobre o verão do Arizona. "Você ainda não viu calor", dizem os amigos. Velho conhecido, o estado do Arizona já foi minha morada, há 18 anos. É verdade, nem lembro do calor que sentia. Mas também, muito mudou de lá pra cá. O aquecimento global e a minha idade. Já quarentona, o calor me irrita muitas vezes. E a umidade relativa do ar? Outro dia chegou a 2%. As condições são terríveis. Há alguns dias o órgão equivalente a defesa civil, alerta sobre o calor excessivo e altos índices de poluição, acima do aceitável pelo governo americano.
Ar-condicionado o dia todo e em todo lugar, umidificador ligado direto e é como se nada ajudasse. Faz 45 graus à sombra.
Casei e mudei para Tempe, cidade universitária, da ASU (Arizona State University), colada a Phoenix, capital do Arizona. Nem todo o estado é quente assim. Aqui estamos em um vale, mas à duas horas daqui é possível ver os picos de neve de Aspen, no estado vizinho do Colorado.
Voltarei mais vezes, muitas mais. Ainda estou um pouco tímida com esse tal blog, mas pego logo, logo o jeito!
Tenho acompanhado com muito interesse a campanha americana. Antes, na disputa democrata, achava que a senadora Hillary Clinton (D-New York) seria a melhor opção, vim do Brasil com essa idéia. Alguns meses depois, observando o noticiário dia após dia e lendo substancialmente mais sobre os candidatos, não tive dúvidas e mudei o meu voto.
Agora, como voluntária e doadora, recebo diariamente mensagens da campanha do senador Barack Obama. A internet é um veículo de muita força e muito usado em campanhas políticas nos Estados Unidos. Um tanto diferente da realidade brasileira.
Mas a notícia do dia na campanha do candidato do partido democrata é a recusa em receber financiamento público. Barack Obama anunciou que abriria mão de US$ 84 milhões. O senador disse que o sistema de financiamento público de campanhas, criado em 1976 após o escândalo de Watergate, está falido e que os seus adversários são os que mais se aproveitam desse sistema.
A campanha do senador tem arrecadado milhões de dólares de pequenos doadores, como eu. E, segundo o e-mail da organização da campanha, continuarão a concentrar esforços com a certeza de conseguir arrecadar além da verba pública. Bem, eu já fiz a minha doação!
Às vezes, durante alguns minutos, eu sou a dona do parque. Ando de um lado para o outro sem ver viva alma. E sempre planejo voltar com um livro embaixo do braço. Nunca voltei.
Depois desses meses todos, já reconheço alguns dos assíduos visitantes, como eu. Encontro sempre essa senhora de cabelos brancos. Ela dá uma volta ao redor e senta em um banco, de frente pro lago. E repete, todos os dias, a mesma rotina, meio como se fosse um ritual. Ela caminha com dificuldade, se apóia na bengala, passa por mim, sorri e diz "Bom Dia"!
Tem também os três mosqueteiros. O apelido que dei a eles. São três pessoas, dois homens e uma mulher, sendo que um dos homens aparenta ser bem mais jovem. Eles chegam em silêncio, dão três voltas ao redor do lago sem dar sequer uma palavra, um com o outro, e vão embora. Todos os dias, sempre do mesmo jeito.
Homens, mulheres, idosos e crianças, todos passam pelo Selleh parque. E vejo que muita gente vem só pra dar um tempo e pensar na vida. É um belo parque!
No Arizona, 30% da população é latina, segundo o departamento americano do censo. Em seguida, a asiática. Assim, não poderia ser diferente: o Espanhol o segundo idioma mais falado. E tudo indica que o Mandarim está a caminho!
Para um brasileiro vivendo nos Estados Unidos em um estado onde as duas maiores populações são a mexicana e a chinesa, fica mais fácil encontrar produtos do Brasil. São os chineses os proprietários de redes de supermercados enormes com fileiras inteiras de café, creme de leite, guaraná, doce de leite e até pão de queijo congelado.
O difícil mesmo é encontrar o mamão. Esse, quando tem, vem do México e o preço é absurdo quando comparado com os valores que eu costumava gastar em Brasília.
Aqui, já cheguei a pagar mais de US$ 10,00 por um único mamão. E não era grande!
Só agora descobri o Sundance Channel
http://www.sundancechannel.com/
Deem uma olhada. É o site de um canal de televisão a cabo, que até então eu não conhecia. Já havia ouvido falar do Festival de Cinema de Sundance, em Utah, aqui nos Estados Unidos, mas não tinha visto o canal.
Simplesmente adorei. O canal está no ar desde 1996 e se dedica a documentários, curtas, filmes mundiais, música, enfim, a indústria independente. E, claro, ao Festival de Cinema de Sundance.
Vocês vão se divertir com o site, tenho certeza. E aproveitem para assistir esse vídeo da série Live from Abbey Road, um programa que tráz apresentações mais intimistas de novos artistas e de outros já estabelecidos no mundo da música.
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